quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Eu não consigo não levar a sério

Tenho sérios problemas com qualquer tipo de competição, primeiro porque não admito a derrota, depois porque eu prezo pela justiça.
Acontece que nesse mundo tudo gira em função de dinheiro e poder, e poucas ou nenhuma competição é ganha com toda a justiça.
Todo jogo de futebol acontece a mesma coisa: o juíz ou os bandeirinhas punem mais meu time do que o outro ( a meu ver, injustamente) e no caso do Palmeiras, nós geralmente perdemos algum jogo importante por um "erro" da arbitragem. E deixo o erro entre aspas porque não é possível que esses caras estudem, treinem para serem juízes e em todo jogo cometam erros injustificáveis.
Esses dias o Simon estava dando uma entrevista ao Esporte Espetacular, e passaram aquele episódio em que ele anulou um gol mais que legal do Obina contra o Fluminense, no ano passado. Aquele erro não só foi o começo da perda do título pelo Palmeiras como foi determinante na permanência do Fluminense na série A do Brasileiro. Pior é que eu não consegui ouvir o que ele estava falando, mas com certeza estava tentando explicar o inexplicável. E com acontecimentos como esse é que eu fico MUITO indignada. E não adianta eu tentar trabalhar em todo um relaxamento e desligamento dessas coisas. Eu simplesmente me importo demais e sou muito extremista. Se eu adoto um esporte, um artista, o que for, vou defendê-los até ficar sem voz, por mais que eu me passe por boba.
Mas algo é pior do que o futebol. No Carnaval todo ano eles reúnem uns quatro ou cinco jurados para cada quesito avaliado no dia dos desfiles e essas pessoas serão as responsáveis pelo título ou pela queda das escolas. Só que nesse caso as escolas não podem fazer nada se um jurado lhes dá nota baixa injustamente. Muito menos EU posso fazer algo.
E essa coisa de julgamento é algo tão, mas tão injusto, porque depende do gosto de cada um, e taí uma coisa complicada. Gosto cada um tem o seu, é o que dizem. E eu concordo, mas jamais vou admitir que uma escola que eu julguei péssima tire nota mais alta que aquela de que eu gostei. Sem contar que entra essa coisa de paixão e ódio no meio e eu vou jurar a cada nota baixa dada à minha escola que o jurado a odeia e torce por aquele que ele só deu 10. Racionalmente falando, não é possível que apenas uma escola se destaque entre as 11 restantes. E não é possível, salvo acidentes no meio do desfile, que apenas uma escola seja tão ruim.
E aí entra a teoria da conspiração. Eu não acredito que o Carnaval dependa única e exclusivamente desses jurados. Os caras não colocariam nas mãos desses doidos um Carnaval todo. Aí ou rola um suborno básico ou então é 'tudo combinado' e os organizadores já pré-determinam quem vai ganhar e quem vai pagar o pato.
Esse ano me surpreendi porque derrubaram a Viradouro, escola de grande tradição. Entretanto ainda acredito sim que alguém escolhe mais ou menos o que vai acontecer.
Só isso justifica duas das escolas que estavam entre as preferidas pelo público e pela mídia - Mangueira e Mocidade - terem amargado a quinta e sétima colocações, sucessivamente.
Não é possível que o julgamento deles seja tão diferente do julgamento dos jurados.
Por essas e outras que um dos objetivos da minha vida é ser jurada do Carnaval do Rio de Janeiro. Assim como eu sempre quis ser comentarista de futebol para acabar com a mídia excessivamente corintiana e flamenguista, eu quero ser jurada de Carnaval para fazer justiça com as próprias mãos, literalmente.
Não sei se ajudaria em algo, se o esquema de notas consistisse em descartar a maior e a menor, mas ao menos eu entenderia os MEUS motivos para ter dado aquelas notas.
E é me preocupando com essas coisas que não acrescentam nada à minha vida que eu sempre fico nervosa, revoltada e arrumo dores de cabeça! What a shame!

Nenhum comentário: